domingo, 17 de junho de 2007

Alma sem amor


Eu sou alma
Este é o meu corpo
Sinto ódio
Mas desejo sentir amor
Eu choro
Mas gostaria de sorrir.

Meu corpo veste preto
Porque anda de luto por mim
Eu queria renascer
Para meu corpo, outras cores vestir.

A solidão é o meu canto
Mas sempre quis ter um canto alegre
As sombras as minhas companhias
Mas sempre desejei ter amigos

Meu mundo é escuro
Mas eu queria que fosse iluminado
Sou especial
Mas por vezes gostava de ser normal

Cada passo, que dou
É mais um passo para a escuridão
Mas gostava que fosse
Um passo para a fantasia.

Meu mundo anda ao contrário
Mas não me queixo,
Tento ensinar algo
Ás pessoas que ainda me ouvem.

Tenho um dom
E sou especial por isso
Mas não sou mais que alguém por ser especial

Sou mais que alguém
Porque sou eu,
E orgulho-me de ser como sou,VERDADEIRA!

Solidão


A minha vida é feita de solidão.
Vivo no meu mundo negro.
Não saio do meu canto escuro.
Todos os dias, me sinto só.
Todos os dias, sinto um ódio que me consome dia após dia.
Um ódio que só desperta mais a vontade para me fechar no meu mundo.
Ódio que sinto pelos humanos muitos deles repugnantes.
Ódio que sinto por mim, por não lutar. Este ódio que destrói o corpo e a mim própria.
Tenho também um ódio especial, porque amo um humano que não se sente como eu que é alegre e não tem ódio de si.
Amo um humano, o que me faz sentir mais ódio porque não sou correspondida.
Agora estou aqui a deixar mais um post para conseguir mostrar a minha dor, mas nada do consegue explicar o motivo de tanta solidão.
Gostava de poder adormecer e não acordar novamente.

Visto Preto


Visto preto sim, mas não visto por vestir,
Visto para me esconder,
Pois estou morta, e só o meu corpo está aqui.
Claro que sem mim o corpo não poderia estar a escrever.
Estou morta apenas porque não sinto o que quero, não vivo o que quero
Não tenho os sentimentos que sempre desejei.
Um dia passando na rua por mais um desses humanos
Que andam por aí,
E diz: morreu-lhe o namorado!
Eu não respondi, a pessoas ignorantes quanto menos contacto melhor, mas pensei comigo, por vezes preferia que fosse isso, porque afinal fui eu que morri. Por outra, eu namorasse com alguém significava ter um amor verdadeiro e se esse amor desaparecesse, parte de mim iria morrer.Visto preto não por obrigação de uma gótica ficar sempre bem de preto, mas visto pela ausência de cor (dica dada pelo Bernardo) Mostrando assim a ausência de uma parte de mim.

Dias de tortura!



Cada dia que passa, cada dia que vivo, são lágrimas que vão caindo dos meus olhos.
Lágrimas transparentes que caem no meu rosto.
Lágrimas que o preto cobre para que os outros não percebam que estou morta.
Dias de tortura são todos os meus dias normais, dias que estou com os amigos, com a família, com inimigos e com desconhecidos.
Dias em que saio pela porta da minha casa fora, e em que entro.
Dias que não podem ser mudados.
Dias em que saio de casa de dia e sou obrigada a absorver a luz do sol, a conviver com humanos falsos, egoístas e pecadores, não pecadores que assumem os seus pecados, porque pecadores são aqueles que pecam e vão junto de deus e pedem perdão, para quê?
Para no dia seguinte voltarem a fazer o mesmo pecado do dia anterior.
Porque não entregar-nos aos extintos carnais? Se foram feitos, não foi só para serem usados por algumas pessoas, mas sim por todas.
Porque pedir perdão por algo que existe?
Não faz sentido.
Dias de tortura são dias em que não me apetece viver.Dias de tortura são os dias em que menos me apetece sair e desejo ficar no meu mundo de solidão.